sexta-feira, 26 de junho de 2009

De preto...

Já é tarde da noite e resolvi antes de dormir e voltar ao trabalho, contar uma história. Essa história precisa sair agora, pois amanha (ou hoje), sei que as deduções serão outras...
Ouvi no ônibus que ela precisava terminar sua redação para fechar as notas do semestre, e gozar das tão esperadas e merecidas férias, porém o professor tinha lhe dado um tema, do qual ela nao conseguia colocar no papel, pois há dias ela só pensara nos olhos negros que a fitaram disfarçadamente pelo corredor da faculdade. Camisa quase sempre clara, gravata preta, calça preta, combinando com o brilho perfeito dos seus cabelos e a barba que ainda nao estava por fazer, mas que aparecia no rosto dele quase que invisível a olho nu, porem ela enxergava.
As horas passavam, os dias e as semanas, e ele sempre passava na frente de sua sala olhando para dentro, querendo vê-la, mas os passos que dava até acabar o espaço entreaberto da porta duravam menos de 3 segundos e aquele preto, aqueles tons pretos que encantaram seus olhos sumiam novamente.
Continuava a contar o drama para sua amiga, e da forma que contara provavelmente aquela era a confidente, amiga íntima, aquela que sabe exatamente o momento em que você vai piscar os olhos ou respirar mais fundo.
Sei que ela nao conseguiu fazer a redação proposta pelo professor, mas isso nao a preocupava tanto quanto os passos lindos e misteriosos daquele homem de pela clara, cujo preto dos cabelos, roupas e olhos a faziam sonhar...Aquele brilho não podia nao significar nada, ela se recusava a aceitar...Aceitar foi a ultima palavra que ela disse quando chegamos ao ponto final do ônibus.Saí com essa história na cabeça e não consegui desligar dela, ainda fiquei com o mais descabido desejo de querer saber o tema proposto pelo professor para a bendita redação. Agora estou aqui pensando... Com papel e caneta em punho, só poderia ser Amor! E na minha concepção, sem que ela percebesse, talvez estivesse com a redação quase pronta.
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domingo, 21 de junho de 2009

Pensamentos soltos...

Sei lá...Dia de nao conseguir pensar nada sabe?
Buscando idéias lá no fundo da cachola, mas nada que vem é aproveitável...Ao mesmo tempo que não se pensa nada; em 3 minutos, já consegui imaginar diversas possibilidades, pensar em muitas pessoas, situações e situações, rever momentos e voltar a pensar que nada estou pensando...
O que está errado? Não há nada errado, tá tudo certo, cada coisa no seu tempo, se estressa com algumas coisas, desmotiva-se com outros pensamentos e agradece a Deus quando ve o
pôr-do- sol...Pensa nos amigos, na música, nos recém-conhecidos que te intrigam...Na sorte que você tem, nos affairs que nao desatam, no romance e no amor que espera.
E quando tudo cansa e você resolve colocar a cabeça no travesseiro, pensa que amanhã a rotina recomeça, e todos os pensamentos te mantém acordado...



sábado, 13 de junho de 2009


Sei
Mais do que eu quis
Mais do que sou
E sei do que sei
Só não sei viver
Sem querer ser
Mais do que sou.

O fato é o ato da procura
E a cura não resiste só
O que era certo
Eu descobri
Nem sempre era o melhor

Abri os olhos
Não consigo mais fechar
Assisto em silêncio
Até o que eu não quero enxergar

Não sei afastar
A dor de saber
Que o saber não há
Só não sei dizer
Se esse meu ver
Se pode explicar

Enquanto eu penso
Tanto entendo
Que é mais fácil
Não pensar
O que era certo
Eu aprendi
A sempre questionar

(Abri os olhos - S&J)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Jeans

Sei que amava tudo.
Me lembro detalhadamente das coisas que eu percebia e amava...
O cheiro da roupa tirada da gaveta, a voz no telefone ao acordar e ao dormir. As conversas longas e demoradas no inicio de nossa estrada. Amava o que as pessoas achavam de vc, amava os nossos passeios e amava até quando eles nao existiam. Amava o sofá com vc, o braço e o abraço, a cor da sua pele, os pêlos, seu cheiro. Seus pertences queria até que fossem meus, sabia que amava tanto que olhava até seu chinelo com carinho, guardava com cuidado, lindos eram seus chinelos. Sua demora era eterna. Era pra minha vida, era a minha vida...
Como nao falar dos seus jeans, e aquele aparelho de celular...velho, mas eu amava. Seus bordões, nossos chamamentos, nossa música. O beijo. Amava tudo e tanto que não consigo acreditar as vezes. Penso que foi um sonho, mas há tempos eu nao lembro dos meus sonhos, acho que só as crianças os lembram.
Não sei como conseguistes fazer assim, e nem sei como tudo ficou assim.Só sei dizer que amava e hoje concordo que tudo tem fim.