domingo, 5 de julho de 2009



É a doença que a medicina não cura, faz tudo o que faz uma patologia comum: dói, aperta, lacrimeja... Saudade é pensar muito em alguém, muitas vezes ao mesmo tempo em que o outro está pensando, mas estar a uma distancia que não permita o toque do olhar. É o telefone sem fio das almas... É a palavra que o Inglês ignora, mas que os ingleses conhecem muito bem. Saudade é a vontade de querer reprimida pela escuridão dos limites. É a raiva contida de não ter alguém no momento em que ser quer. Não existe real definição, são muitos os sintomas, são irremediáveis enquanto os corpos não se encontram; é o que se esconde até que o último abraço se dispeça. Saudade é o vento que bate no rosto quando se está com sede. É a fome sem alimento, o trilho sem trem, sobremesa sem doce. É a sua boca na minha sem que o presente dê conta. Saudade é a parceria de gente que está distante, a união de versos afins... É a dor de esperar pra te ter, é a dor de ter que entender o que sou eu sem você!


2 comentários:

  1. Esta é a única lição que eu não gostaria de ensinar: a arte se torna maior à medida que a vida se enrola. As responsabilidades, as dores e alegrias são as lâminas que vão dando forma às palavras, cuja missão é dar sentido a uma existência que, em muitos momentos, não se explica sozinha. E ainda que na arte não exista uma solução para tudo, somos, apesar de tudo, privilegiados. Não precisamos ser tristes, portanto, porque sofremos tudo o que o mundo sofre, mas temos para sempre em nossas mãos e mentes o cordão que, por breves instantes, nos conecta a Deus.
    Bjs

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  2. Saudades é o amor que fica....

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